segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Metamorfose Ambulante e o Existencialismo

Atividade produzida pela Aluna Natália Lang na disciplina de Filosofia. Conteúdo: O Existencialismo (interpretação realizada com base na música Metamorfose Ambulante de Raul Seixas).



         A música metamorfose ambulante de Raul Seixas está totalmente relacionada ao existencialismo. O ser (eu lírico) da letra se assume como um ser verdadeiramente autêntico, assumindo sempre que não sabe de nada, nem mesmo quem ele é e se permitindo errar e mudar de opinião toda vez que descobrir estar errado.
         É um ser livre, pois como ele mesmo diz: “prefiro ser essa metamorfose ambulante”, ou seja, ele mesmo decidiu ser o que ele é. Não podemos negar que nos dias de hoje somos bombardeados de influências e padrões a serem seguidos e se seguirmos cegamente essas tutelas, estaremos negando a única coisa que nos pertence: a liberdade. Cabe a cada um de nós saber lidar com essas imposições, de modo a construir nossos destinos sem renunciar a liberdade.
         Também pode se fazer a relação de que o ser é inacabado, pois como uma “metamorfose ambulante” ele está em constante construção e transformação. Ele diz que “é chato chegar num objetivo num instante”, isto é, não adianta seguirmos ideias prontas e velhas, pois assim nossa existência se tornaria chata e sem nenhum propósito.
       Falando em existência, toda a existência deve possuir uma essência, mas a essência humana é subjetiva e indeterminada, a ponto de escapar dos “poderes da previsibilidade cientifica”.  Cada ser é livre para construir sua essência, sem a tutela da igreja, da família, da sociedade e muito menos da natureza. Como dizia Sartre “a existência precede a essência”, ou seja, precisamos viver, tomar decisões, passar por momentos de angustia para então construir a nossa essência.
      O ser humano nasce do nada e sua única condenação é existir, mas cabe a cada individuo decidir se essa existência será apenas mais um fantoche ou se será autêntica, a partir do princípio de assumir a liberdade, de encarar o fim previsível (morte) e mesmo assim continuar persistindo e se transformando.


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