Atividade produzida pela Aluna Natália Lang na disciplina de Filosofia. Conteúdo: O Existencialismo (interpretação realizada com base na música Metamorfose Ambulante de Raul Seixas).
A música metamorfose ambulante de Raul Seixas está
totalmente relacionada ao existencialismo. O ser (eu lírico) da letra se assume
como um ser verdadeiramente autêntico, assumindo sempre que não sabe de nada,
nem mesmo quem ele é e se permitindo errar e mudar de opinião toda vez que
descobrir estar errado.
É um ser livre,
pois como ele mesmo diz: “prefiro ser essa metamorfose ambulante”, ou seja, ele
mesmo decidiu ser o que ele é. Não podemos negar que nos dias de hoje somos
bombardeados de influências e padrões a serem seguidos e se seguirmos cegamente
essas tutelas, estaremos negando a única coisa que nos pertence: a liberdade.
Cabe a cada um de nós saber lidar com essas imposições, de modo a construir
nossos destinos sem renunciar a liberdade.
Também pode se
fazer a relação de que o ser é inacabado, pois como uma “metamorfose ambulante”
ele está em constante construção e transformação. Ele diz que “é chato chegar
num objetivo num instante”, isto é, não adianta seguirmos ideias prontas e velhas,
pois assim nossa existência se tornaria chata e sem nenhum propósito.
Falando em
existência, toda a existência deve possuir uma essência, mas a essência humana
é subjetiva e indeterminada, a ponto de escapar dos “poderes da previsibilidade
cientifica”. Cada ser é livre para
construir sua essência, sem a tutela da igreja, da família, da sociedade e
muito menos da natureza. Como dizia Sartre “a existência precede a essência”,
ou seja, precisamos viver, tomar decisões, passar por momentos de angustia para
então construir a nossa essência.
O ser humano nasce
do nada e sua única condenação é existir, mas cabe a cada individuo decidir se
essa existência será apenas mais um fantoche ou se será autêntica, a partir do
princípio de assumir a liberdade, de encarar o fim previsível (morte) e mesmo
assim continuar persistindo e se transformando.
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