terça-feira, 11 de novembro de 2014

Consumismo

Escola de Educação Básica Nossa Senhora da Salete
Alunas: Eduarda Radin e Maikyele Luana Schwaab
Professora: Janimara Rocha
Disciplina: Filosofia
Série: 2ª 02 EMI
Data: 22/10/14

Consumismo
Um dos temas mais polêmicos dentro da filosofia, o consumismo é uma tema muito abrangente que causa inúmeras discussões. O consumismo retrata, sobretudo, a sociedade brasileira, que vem sofrendo com esse mal há alguns anos, por sinal, um mal ou dependência que até então não teve solução.
Em geral, o consumismo, atinge principalmente a população jovem que por onde quer que seja o lugar, primordialmente, se preocupa em estar na moda, não levando em consideração o valor de um produto, mas sim a marca cobiçada diante da sociedade.
O celular é um dos quesitos mais importantes na visão da juventude para que este seja visto como uma pessoa de classe baixa ou alta, pois este define as condições financeiras do indivíduo. Afinal de contas, que jovem que não possui um celular? Pois bem, este é um instrumento ou ferramenta muito usado entre eles para se comunicar, dentre eles o Whatsapp, Facebook, Twitter, entre outros. Já outro quesito levado em consideração para que o indivíduo seja enquadrado em tal padrão, é necessário que o celular esteja no auge dentre as acirrada competições de qualidade entre as marcas.
Em contrapartida, não podemos deixar de citar que existem muitas pessoas que não possuem condições para seguir os padrões que a sociedade estabelece, no entanto, essas pessoas acabam sofrendo discriminação ou até mesmo são excluídas em determinados grupos que possuem o celular recentemente lançado e as tecnologias de ponta.

Ainda em tese, há uma pergunta que certamente já ocupou um pouco do seu tempo para chegar a uma conclusão: “Qual é a melhor marca e o melhor produto?”. Realmente não há melhor marca, ou melhor, produto, pois existem diversos produtos que desempenham a mesma função, e a única diferença que há é o modelo do produto. Sendo assim, não poder dizer que um é melhor que outro, basta apenas saber controlar seu dinheiro e usufruí-lo quando necessários para coisas que sejam úteis.

domingo, 9 de novembro de 2014

Uma Geração sem Boca


Olá Pessoal,  este texto é muito interessante, vale a pena ler...


Podem dizer que estou exagerando, mas acho que
esta nova geração se esqueceu de que a boca existe não
só para comer, mas também para falar. Estamos vivendo
com uma geração sem boca! Tudo é comunicado via emails,
MSN e através de blogs, facebook, twitter e que
tais. Ninguém mais quer falar com outra pessoa. Às vezes
tenho a impressão de que as pessoas ficaram com medo
de falar sobre trabalho com seus colegas. Têm medo da
reação, da resposta, de ter que argumentar. Então enviam
um e-mail ou uma mensagem de texto e pensam que
tudo estará resolvido dessa forma, sem ter que enfrentar
a pessoa cara-a-cara, face-a-face.
Tenho um grande medo de que se um dia houver um incêndio numa empresa e
o diretor perguntar se alguém chamou os bombeiros, a resposta seja “mandamos um
e-mail com sinal de prioridade!”.
Quantas coisas poderiam ser resolvidas se as pessoas voltassem a se falar?
Quantos problemas seriam evitados se as pessoas pegassem num aparelho chamado
telefone e ligassem para seu colega falando claramente do que estava acontecendo?
Quantas coisas seriam resolvidas mais rapidamente se alguém se dispusesse a
levantar de sua cadeira e ir até o local (às vezes a poucos metros) falar com a pessoa
responsável? Quantos problemas evitaríamos se falássemos diretamente com o cliente
ou com o fornecedor em vez de mandar um e-mail mal redigido passível de várias
interpretações?
É preciso que esta geração aprenda a falar! Não a falar mal dos outros, mas a
falar com as pessoas ao invés de falar das pessoas. Esta geração precisa compreender
que o ser humano é o único animal que fala e que a comunicação verbal é realmente
a mais eficaz, a que mais comunica o que pensamos, o que sentimos, o que
queremos, etc.
Em vez de mandar dezenas de e-mails (que serão reencaminhados para dezenas
de pessoas e que ou não serão lidos ou serão mal interpretados), pegue o telefone
e fale! Em vez de ficar grudado em estado de semi-coma em frente ao seu computador,
levante da cadeira e vá até aquele ser humano que poderá lhe ajudar e fale
com ele(a)! Reaprenda a falar e verá como o mundo ficará mais fácil e como as coisas
serão resolvidas mais rapidamente utilizando esta “nova” ferramenta, fenomenal
que é fala!
Pense nisso. Sucesso!



Fonte: http://www.sincor.org.br/downloads/download_portugues_Uma%20gera%C3%A7%C3%A3o%20sem%20boca.pdf

Produção: Campanha Contra o Consumismo

Foi realizado na última semana uma atividade diferente com a turma 202 EMI da EEB Nossa Senhora da Salete.
Os alunos foram desafiados a elaborarem em forma de desenho uma campanha contra o consumismo. A escolha da forma do trabalho se deu pelo fato de estarmos trabalhando a algum tempo sobre o tema Consumo X Consumismo.

O Resultado foi muito bom. Os alunos estão de Parabéns pela criatividade, interesse e dedicação!!!









quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Império da Vaidade

Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala de afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes.
O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar ‘milk-shake’, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça - a conversa com o amigo, o cheiro de jasmim, a rua vazia de madrugada, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer feijoada com amigos, tomar caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida - isso é prazer.
Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade.
Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis - mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia.
O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo. Vivemos voltados para dentro, à procura de mundos interiores (ou mesmo vidas anteriores). O esoterismo não acaba nunca - só muda de papa a cada bienal do livro - assim como os cursos de autoconhecimento, auto-realização e especialmente autopromoção. O narcisismo explica nossa ânsia pela fama e pela posição social. É hipocrisia dizer que entramos numa academia de ginástica, porque estamos preocupados com a saúde. Se fosse assim, já teríamos arrumado uma solução para questões mais graves, como a poluição que arrebenta os pulmões, o barulho das grandes cidades, a falta de saneamento.
Estamos preocupados em marcar a diferença, em afirmar uma hierarquia social, em ser distintos da massa. O cidadão que passa o dia à frente do espelho, medindo bíceps e comparando o tórax com o do vizinho ao lado, é uma pessoa movida por uma necessidade desesperada - precisa ser admirado para conseguir gostar de si próprio. A mulher que fez da luta contra os cabelos brancos e as rugas seu maior projeto de vida, tornou-se vítima preferencial de um massacre perpetrado pela indústria de cosméticos. Como foi demonstrado pela feminista americana Naomi Wolf, o segredo da indústria da boa forma é que as pessoas nunca ficam em boa forma: os métodos de rejuvenescimento não impedem o envelhecimento, 90 % das pessoas que fazem regime voltam a engordar, e assim por diante. O que se vende não é um sonho, mas um fracasso, uma angústia, uma derrota.
Estamos atrás de uma beleza frenética, de um padrão externo, fabricado, que não é neutro nem inocente. Ao longo de séculos, a beleza sempre esteve associada ao ócio. As mulheres do Renascimento tinham aquelas formas, porque isso mostrava que elas não trabalhavam. As belas personagens femininas do Romantismo brasileiro sempre tinham a pele branca, alabastrina - qualquer tom mais moreno, como se sabe, já significava escravidão e trabalho. Beleza é luta de classes. Estamos na fase da beleza ostentatória, que faz questão de mostrar o dinheiro, o tempo livre para passar tardes em academias e mostrar afinal, quem nós somos: bonitos,
ricos e dignos de ser admirados.
                                      Paulo Moreira Leite. O Império da Vaidade. Veja, 23 de agosto de 1995, p. 79