terça-feira, 23 de junho de 2020

Se eu...


Se eu...
Se eu dissesse a verdadeira ironia
Você não acreditaria
Não é só uma atitude
E sim um trauma para toda vida

Se eu te falasse algo
De nada adiantaria
Pois um “não” ouvido como “sim”
Mudou minha rotina

Se eu te avisasse que não queria
Você mesmo assim faria
Pois nada sou
Comparado ao que diz que tudo é

Se eu lamentasse por esse passado
De nada teria mudado
Um ato tão malvado
Só causou feridas em alguém abordado

Se eu disser que não sou a única
E que de mim não convém a culpa
Nem da saia curta
Ou da calça rasgada

Do batom avermelhado
Ou do olhar desconfiado
Da maquiagem diária
E do decote em V, descarado

Se eu afirmar a verdade
É a mesma coisa de contar mentiras
Pois perante tudo que é dito
A culpa é minha

Se eu assumir a culpa
Não será por minha vontade
Será por pressão
Dessa sociedade

Se eu abrir a minha boca
As minhas palavras irão gritar
Pedir socorro para a lei
Que mesmo assim não me ajudará

Se dele eu pedir distância
Mesmo assim ele voltará
Pois diz me possuir
E do meu corpo quer abusar

Se eu tivesse me ligado
Pelo simples olhar ou assoviados
Talvez algo teria mudado
Mas era tão discreto que não era notado

Se isso não fosse mostrado
Como algo tão normal
Eu poderia ter procurado
E algo ter solucionado

Se o “se” não fosse usado
Muitos traumas seriam cuidados
Mulheres não teriam se calado
E ninguém de mim teria duvidado

Possibilidades ou questionamentos
De nada ajudam
O que aconteceu, não pode ser mudado
Mas com ajuda pode ser tratado

A sociedade deve estar consciente
E respeitar aqueles que disso ainda sentem
Que tiveram marcas ou feridas
E disso irão levar para toda a vida

Se fosse normal não traria marcas
Machucados e lágrimas
O psicológico não seria afetado
E o medo não seria diário

O que basta é respeitar
Compreender e ao máximo ajudar
Juntos faremos a diferença
E essa tal de ideologia mudar

A lei deve auxiliar
Para assim abusos e assédios parar
A sociedade deve mudar
Para algo se solucionar



(Atividade elaborada pela aluna Thaís Polazzo, turma 205 Noturno. Disciplina: Filosofia, tema: "A Filosofia como exercício da  Ironia").

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Ironia

 Parece ironia,
 não ter ansiedade e medo
 no século da pandemia.

 Não se assustar com o governo
 que, em meio a tanto caos
 só pensa no seu próprio sossego.

 E as pessoas
 inconsequentes e sem medo
 que dão festas e não temem seus enterros.

 Um vírus cheio de artimanhas
 se você não se cuidar
 vai ficar de cama.

 E as pessoas do grupo de risco
 se alguém transmiti-los 
 ficam sem avós, pais e filhos.

 Parece ironia,
 ter esperanças na vida
 mas tudo passa
 e logo tudo se torna alegria. 




(Atividade desenvolvida pela aluna Naiuri Tavares de Oliveira, turma 202 EMI, disciplina de Filosofia, assunto: "A filosofia como exercício da ironia").

A Ironia na Opressão



Através dos séculos criaram-se leis
Que defendem mulheres, negros e gays
Portanto agora estão protegidos, certo?
Errado. Sofrem todos os dias como reféns

No Brasil, são reféns da ironia
Aqueles que se enquadram como minoria
Do abismo infinito que há
Entre a prática e a teoria

Na teoria, o negro não sofreria abuso
Na teoria, o LGBTQ+ não se sentiria recluso
Na prática nada disso acontece
Pois a mulher ainda não anda sozinha no escuro

A situação fica nítida no dia a dia
O homem que assedia a prima, amiga, filha
Que não pensa duas vezes antes de dizer
"Mereceu! Todos sabem que era uma vadia."

Fica mais nítida ainda no olhar de medo
Que o branco demonstra ter sobre o negro
Mas o medo dele é ignorado
Ao se despedir do irmão encontrado no beco

O lugar de fala deve ser respeitado
Pois não sabemos o que passam
A "puta", o "sujo" e o "viado"
Mas antes de tudo, que seja dado
O respeito à vida de quem vive calado

Hoje, a geração Z luta contra as próprias tradições
Para que a próxima não se veja em situações
De violência e opressão
E não discutam com os pais para irem às manifestações

Essa luta não pode ser confundida com disputa
Ela defende a igualdade de conduta
Não começou hoje e nem terminará amanhã
Mas sei que nenhum descendente meu
Sentirá medo ao andar na rua.




(Atividade elaborada pela aluna Heloísa Staub Zembruski, turma 201 Regular. Disciplina de Filosofia, assunto: "A Filosofia com exercício da ironia").

domingo, 21 de junho de 2020

Se Não Existisse a Política



       Já lhe passou pela cabeça se a política não existisse? Eu sei que você deve pensar isso
toda hora sobre seu político odiado, mas eu falo de a política inteira não existir, nenhum
político, nenhum partido, nada do tipo, parece um mundo ideal não? Não exatamente.
Para compreender como seria um mundo sem política, temos de entender o papel da
política, a política é uma ferramenta, de uma pessoa ou grupo, para exercer poder ou
influência sobre outros, em outras palavras, para dizer o que fazer, quando fazer e onde fazer,
a partir deste conceito, vamos imaginar um mundo sem política.
      Para início de conversa, já pode esquecer de coisas como vizinhos ou conhecidos, pois
sem a política, não haveria o Brasil, melhor dizendo, não haveriam nação neste mundo, foi
com o advento da política que foi possível a criação das grandes civilizações da antiguidade,
como os sumérios, gregos e romanos, imagine como seria o mundo se ninguém soubesse
escrever, construir ou fazer cálculos.
      Se lhe passou pela cabeça “Mas isto parece um pequeno preço a ser pago para ficar
sem política”, pense melhor, você está lendo este texto em um computador montado no
Brasil, com peças feitas na China, com ferro australiano, cobre congolês, borracha indonésia,
plástico alemã feita de petróleo norueguês, entre outras infinitas coisas. Isto num mundo com
política, em um mundo sem política, a não ser que você saiba montar um computador com
paus e pedras, você ainda estaria tendo descobrir como duas pedras quando esfregadas geram
fogo.
      Então, um mundo sem política não seria um mundo, seria uma bagunça, ninguém
respeitando a propriedade alheia, ninguém pensando em curar doenças, ninguém usando o
cérebro, ninguém usando roupas, por tanto, em minha humilde opinião, um mundo sem
política seria uma regressão completa e integral de volta à idade das cavernas.



(Atividade elaborada pelo aluno Marco Antônio Magri Becker, turma 301 EMI. Disciplina de Filosofia, assunto: "O preconceito contra a política e a política de fato).

O vazio do mundo



Os olhos lacrimejados almejam alcançar
De tal forma que todos desviam o olhar
Pois este ser apagado da sociedade não está no padrão
E ele tão pouco é considerado cidadão.

“Alguém ajude esta criatura, não come a dias, deve estar consumido pela
pobreza”
Diz o homem que leva em seu bolso tamanha riqueza.
Ironia é a definição para essa situação
Açoitamos as famílias que hajam nesta condição.

Nascemos sem a corrupção em nossos corações
Porém a cegueira pode ser posta pelas ações
Nós escolhemos qual lado deve predominar
E muitos escolhem fulminar.

Olhe ao seu redor, olhe para aquelas crianças

Mortas de fome, cansadas pelo trabalho e pelas lembranças
E teu filho pragueja, rodeado de riqueza
Pois ele não passa e sente a pobreza.

Prisioneiros do medo, da miséria, mas donos de um grande coração
A vida é injusta, as pessoas são injustas, e o que vos deixo é um pedido de
perdão.
Perdão pela sociedade falsa e pelo vazio da alegria
Por não cultivar o amor e a euforia.

Dias passam, anos passam, porém a ironia que nos rodeia permanece
Intacta em nossas ações, e em nossos olhos ela cresce.
Pois bem, o que somos? Seres de carne e osso
Que um dia se esvairão em um profundo poço.


(Atividade desenvolvida pela aluna Alana Cristina Vinaga, turma 201 EMI, disciplina de Filosofia. Assunto "A Filosofia como exercício da ironia".)

Qual é a verdadeira face do ser humano?






Quem és tu?
Podes ser o humanista regrado,
Bem como o racista disfarçado.
Podes ser aquele que luta pela liberdade,
Mesmo sem saber o que é fraternidade.

Quem és tu?
Podes ser o ativista igualitário,
Bem como o opressor “solidário”.
Podes ser o que se denomina feminista,
Bem como aquele que julga uma mulher à primeira vista.

Quem és tu?
Podes ser o adorador da paz mundial,
Bem como o xenofóbico radical.
Podes ser aquele que ao aborto diz não,
Bem como o que a uma criança abandonada,
Nega um pedaço de pão.

Quem és tu?
Podes ser o que odeia corrupção,
Mas não exita em obter vantagens com a própria mão.
Podes ser aquele que prega por resiliência,
Bem como aquele que quer acabar com a própria existência.

Quem és tu?
Podes ser o crítico da desigualdade social,
Bem como aquele que classifica todo pobre como marginal.
Podes ser aquele contra o barbarismo,
Bem como o que defende o totalitarismo.

Todos são peões de uma sociedade,
Ela impõe padrões e critica a originalidade.
Queres ser para sempre prisioneiro,
Ou posso ajudar-te a fugir do cativeiro?



Atividade desenvolvida pela aluna Maria Júlia Rossa, turma 201 EMI. Disciplina de Filosofia, tema: A Filosofia como exercício da Ironia".

sábado, 20 de junho de 2020

Poema: Olha no teu jardim

Olha no teu Jardim, as Flores entreabertas,
           E nunca as pétalas caídas...
Contempla, em tua noite, o fulgor das Estrelas,
          E nunca a que ainda falta...
Observa, em teu caminho, a distancia vencida,
          E nunca a que ainda Falta....
Guarda, do teu olhar, os brilhos de alegre
         E nunca os teus gemidos...
Grava, em tuas pupilas, o nascer das auroras,
         E nunca os teus poentes...
Conserva no teu rosto as linhas do sorriso,
         E nunca os sulcos do teu pranto...
Conserva de teus pés os passos retos, puros,
         Esquece os transviados...
Guarda de tuas mãos as flores que ofertaram,
         Esquece os espinhos que talvez fincaram...
De teus lábios, conserva as mensagens bondosas,
         Esquece as maldições...
Relembra o heroísmo das tuas escaladas,
         Esquece o prazer fácil das descidas...
Conta e mostra as medalhas das tuas vitorias,
         Esquece as cicatrizes das derrotas....
Olha de frente o sol que existe em sua vida,
     Esquece a sombra que te fica atrás...
A flor que desabrocha é bem mais importante
       Do as mil pétalas caídas...
E um so olhar de amor pode levar consigo,
        Calor para aquecer muitos invernos...
A bondade é mais forte em nós e dura mais
         Do que o mal que nós mesmos praticamos....
Sê otimista, pois, amigo, e não esqueças de que:
       É no fundo das noites sem luar que brilham muito mais nossas estrelas...

(Desconheço a autoria).

POWER


(Atividade elaborada pela aluno Maria Gabriela Badia Gomes, da turma 301 do Ensino Médio Inovador (EEB Nossa Senhora da Salete. Disciplina de Filosofia. Assunto: O preconceito contra a política e a política de fato)



POWER
   Atualmente, ainda podemos perceber que a jovem democracia do território nacional, ou entre outros territórios em escala mundial traz consigo ainda resquícios de um passado de autoritarismo, de grandes impérios. Na política, ''nua e crua'', podemos dizer que a mesma pensa no bem de todos, na sociedade, e na convivência diária. Porém, há o interesse próprio, a corrupção, desvios de bens públicos, vendas de votos, que podem ser citados como exemplos de politicagem. 
     Inicia-se a análise observando, a política ''crua'', onde a mesma pensa no bem de todos, em sociedade. Segundo Sócrates, homem público é aquele que lida com a chamada ''coisa pública'', como exemplo, há os projetos de bem para uma sociedade ao todo que na maioria das vezes não é nem reconhecido, assim como os que não se envolvem em corrupção. No dia-a-dia, escolher o líder em sala de aula, participar de protestos pacíficos, expressar opinião de forma inteligente, e criar projetos de bem são exemplos do chamado ''coisa pública'', pois todos podem lidar com o mesmo. 
     Não se pode esquecer, do preconceito existente nesse meio. Como disse Albert Einstein ''é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado'', com isso, a politicagem pode ser citada e comentada; a população em escala mundial, quando questionada sobre a pauta -política-, comenta com um certo preconceito, não sendo muito informada sobre o assunto, sendo assim, é muito fácil para a Elite poderosa propor somente o que está voltado para seu interesse privado, desviando bens públicos, vendendo votos, e sendo corruptos, uma vez que a população não se interessa pela pauta comentada.
     Infere-se, portanto, notar a importância do conhecimento geral sobre o tema apresentado. Cabe às escolas debater sobre a política brasileira, em sala de aula; cabe também ao Governo Federal e aos órgãos públicos, como o Ministério da Educação, e o Ministério Público, promover palestras buscando dar incentivo ao povo para a busca do conhecimento político. Além do debate em família que é de suma importância nos dias atuais.