Este vídeo aborda a questão da Eutanásia, neste caso consentida pelo paciente que já não se vê mais com perspectivas de vida frente à situação em que está passando.
Este blog foi criado com o objetivo de incentivar os educandos à publicação de suas produções em sala de aula na disciplina de Filosofia. As publicações podem ser de temas variados, em forma de: textos, figuras, acrósticos, vídeos, curiosidades filosóficas e dinâmicas onde todos terão acesso às publicações e oportunidade de estar em contato com o que será produzido pelos colegas.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Eutanásia
Este vídeo aborda a questão da Eutanásia, neste caso consentida pelo paciente que já não se vê mais com perspectivas de vida frente à situação em que está passando.
domingo, 16 de junho de 2013
Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré (1968)
Não deixemos que os opositores nos convençam de que estão certos, o Brasil tem o direito de reivindicar seus direitos e não de ser calado...
"Se você não for cuidadoso, a imprensa fará você odiar os oprimidos e amar os opressores..."
sábado, 15 de junho de 2013
Mãe - Pink Floyd
Mãe, você acha que eles jogarão a bomba?
Mãe, você acha que eles gostarão dessa música?
Mãe, você acha que eles tentarão me castrar?
Mãe, eu devo construir o muro?
Mãe, eu devo concorrer para presidente?
Mãe, eu devo confiar no governo?
Mãe, eles me colocarão na linha de fogo?
Isso é só uma perda de tempo?
Calma agora bebê, bebê, não chore
Mamãe irá fazer todos os seus pesadelos virarem realidade
Mamãe ira colocar todos os medos dela em você
Mamãe vai manter você bem debaixo da asa dela
Ela não deixará você voar, mas talvez te deixe cantar
Mamãe vai manter o bebê aconchegado e aquecido
(3x)
Oh, bebê
Claro que mamãe irá ajudar a construir o Muro
Mãe, você acha que ela é boa o bastante
Para mim?
Mãe, você acha que ela é perigosa
Para mim?
Mãe ela vai dilacerar seu menininho em pedaços?
Mãe, ela irá quebrar meu coração?
Calma agora bebê, bebê, não chore
A mamãe vai checar todas as suas namoradas pra você
Mamãe não irá deixar ninguém sujo se aproximar
Mamãe vai esperar acordada até você entrar
Mamãe vai sempre descobrir por onde você esteve
Mamãe vai sempre manter o bebê saudável e limpo
(3x)
Oh, bebê
Você sempre irá ser uma criança para mim
Mãe, precisava ser tanto?
A música apresentada traz a ideia de que nós, a juventude, precisamos fazer cada um a sua parte na sociedade, somente dessa forma poderemos transformar a realidade...
Sociologia no Brasil
A Sociologia sempre teve como um
dos objetos de estudos o conflito entre as classes sociais. Na América Latina,
por exemplo, a Sociologia do início do século XX sofreu intensas influências
das teorias marxistas, na medida em que suas preocupações passaram a ser o
subdesenvolvimento dos países latinos.
No Brasil, nas décadas de 1920 e
1930, estudioso se debruçaram em busca do entendimento da formação da sociedade
brasileira, analisando temas como abolição da escravatura, êxodos e estudos
sobre índios e negros. Nas décadas seguintes, a Sociologia praticada no Brasil
voltou-se aos estudos de temas relacionados às classes trabalhadoras, como
salários e jornadas de trabalho, e também comunidades rurais. Na década de 1960
a Sociologia passou a se preocupar com o processo da industrialização do país,
nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo; a
partir de 1964 o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas
socioeconômicos e políticos brasileiros, originados pela tensão de se viver num
regime militar (ou ditadura militar, que no Brasil foi de 1964 a 1985), nesse
período a Sociologia foi banida do ensino secundarista.
Na década de 1980 a Sociologia
finalmente voltou a ser disciplina no ensino médio, sendo facultativa sua
presença na grade curricular. Também ocorreu nesse período a profissionalização
da Sociologia no Brasil. Além da preocupação com a economia, política e
mudanças sociais apropriadas com a instalação da nova república (1985), os
sociólogos diversificaram os horizontes e ampliaram seus leques de estudos,
voltaram-se para o estudo da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos
culminantes.
Em 2009, a Sociologia tornou-se
disciplina obrigatória na grade curricular dos alunos do ensino médio no Brasil.
A oportunidade da aproximação do aluno com a Sociologia, como um campo do
saber, tem por objetivo a desnaturalização das concepções ou explicações dos
fenômenos sociais. Em outras palavras e sem perder de vista a importância da
História, é considerar que as coisas nem sempre foram do jeito que são. É
perceber que há mudanças profundas ao longo da história, fruto de decisões de
homens.
Contribuição: Sara Aline - aluna da turma 2º1 - E. E. B. Professor Anacleto Damiani
terça-feira, 11 de junho de 2013
Os Indiferentes
Antonio Gramsci
11 de Fevereiro de 1917
Odeio os
indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar
partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem
verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença
é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A
indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a
matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais
esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que
as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque
engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e
às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.
A
indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a
fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os
programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta
que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se
abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode
gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à
indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não
acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos
homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só
a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará
anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá
derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a
aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem
na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia
da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os
destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins
imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos,
e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram
vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser
a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que
um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos
vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se
mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se
às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são
responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente,
mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu
dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria
sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu
cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles
grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o
propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.
A maior
parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos
ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras
semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por
não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar
excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que,
embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente
urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo
para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da
curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade
histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.
Odeio os
indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos
inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a
vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não
fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha
compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante,
estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a
atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social
não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será
devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém
estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no
sacrifício. E não haverá quem esteja à janela
emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno
grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque
não conseguiu o seu intento.
Vivo,
sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes!
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Crônica Familiar...
Irmã
É sempre bom ter uma
irmã, principalmente se for mais nova que você. Não somente pelo ar de
autoridade sobre ela, mas também por acompanhá-la desde seu nascimento.
É claro que a relação
em casa muda, tudo muda após o nascimento de uma irmã caçula. A sua casa sempre
organizada? Pois é, esqueça. Sua maquiagem, principalmente seu batom inteiro?
Jamais, certamente ela irá pegar e usar tentando te imitar quebrando-o. Se não
quebrar? Ela irá esmagá-lo com a tampa. Sem contar nas paredes e espelhos
manchados.
Bom, a minha irmã de
apenas três anos é capaz de muito mais, até me mandar ir à escola quando brigo
com ela. Será que ela pensa que ir para a escola é um castigo? Eu, apenas para
não contrariá-la, concordo com sua conclusão.
Confesso que ás vezes
ela me tira do sério, riscando meus trabalhos e até mesmo rasgando-os. Mas é
claro que para a mamãe isso tudo é insignificante.
Jamais brigue com sua
irmã caçula, você pode até ser deserdado. Pois é, não dá para acreditar como
uma criaturinha daquele tamanho que ainda nem tenha direção correta das
palavras, tenha todo esse poder.
Mas afinal, essa criaturinha
maravilhosa, complicada e chorona, é a melhor mudança que alguém pode ter
dentro de casa. Não somente como irmã. Acredite, uma criança muda a vida de uma
pessoa. E é por isso e por muito mais que eu a amo.
Contribuição: Karine Kauana Maciel - aluna da turma 3º3 da E. E. B. Professor Anacleto Damiani.
terça-feira, 4 de junho de 2013
O valor de uma vida...
Este vídeo traz uma reflexão sobre a preservação de todas as formas de vida, baseando-se na destruição que o homem vem causando dia após dia ao ambiente, aos animais e aos próprios seres humanos.
Humanos?!
Esta música nos faz refletir sobre nosso aspecto humano, as condições às quais somos aprisionados, as determinações de uma sociedade, de um sistema... Será que ainda somos HUMANOS???
I did my best to notice
When the call came down the line
Up to the platform of surrender
I was brought but i was kind
And sometimes i get nervous
When i see an open door
Close your eyes
Clear your heart...
Cut the chord
Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer
Are we human?
Or are we dancers?
Pay my respects to grace and virtue
Send my condolences to good
Give my reguards to sorer moments
They always did the best they could
And so long to devotion
You taught me everything i know
Wave goodbye
Wish me well..
You've got to let me go
Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answers
Are we human?
Or are we dancers?
Will your system be alright
When you dream of home tonight?
There is no message we're receiving
Let me know is your heart still beating
Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answers
You got to let me know
Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answers
Are we human
Or are we dancers?
Are we human?
Or are we dancers?
Are we human
Or are we dancers?
HUMANOS - tradução
Dei o
melhor de mim para perceber
quando a
chamada chegasse ao outro lado da linha
Fui
trazido até este estado de rendição,
mas fui
gentil
Às vezes
fico nervoso
quando eu
vejo uma saída
Feche os
olhos
Limpe o
seu coração
Corte as
cordas
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Meu sinal
é vital
Minhas
mãos estão frias
E estou
de joelhos
Buscando
a resposta
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Dou meu
respeito para a graça e a virtude
Envio as
minhas condolências aos bons
Dou meus
cumprimentos aos momentos azedos
Sempre
eles fizeram o melhor que podiam
E até
mais para a devoção
Você me
ensinou tudo que eu sei
Diga
adeus
Deseje-me
o melhor
você
precisa me deixar partir
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Meu sinal
é vital
Minhas
mãos estão frias
E estou
de joelhos
Buscando
a resposta
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Seu
sistema vai ficar bem
Quando
você sonhar com sua casa hoje à noite?
Não
estamos recebendo nenhuma mensagem
Deixe-me
saber se o seu coração ainda bate
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Meu sinal
é vital
Minhas
mãos estão frias
E estou
de joelhos
Buscando
a resposta
Tens de
me avisar
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Meu sinal
é vital
Minhas
mãos estão frias
E estou
de joelhos
Buscando
a resposta
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Será que
somos humanos?
Ou somos
bailarinos?
Contribuição: Simone Zanin Rodrigues.
Introdução à Carta da Terra
domingo, 2 de junho de 2013
IDENTIFICAÇÃO: EDUCADOR POPULAR
Sou educador em movimento
Sou semeador de consciência
Quem luta, faz o momento
Por um povo que quer decência
Educar é necessário
De modo certo é preciso
Com amor é obrigatório
Sem tempo pra ficar indeciso
Pra nós o amor a educação é tudo
Pra outros a educação é nada
Queriam que o povo ficasse mudo
Pra eles ficarem com a visão tapada
Fazemos questão de gritar
Para um dia sermos ouvidos
Continuaremos a nos mobilizar
Não nos daremos por vencidos
Nossa arma é a palavra
Que não existe sem a ação
Lutamos por aquele que lavra
A terra pra ganhar o pão
Uma flor sozinha
Não constrói um jardim
Quem sozinho caminha
Travará uma luta sem fim
Como semeador em terra improdutiva
Persistimos em semear
Se no fim restar uma idéia viva
Já valeu a pena lutar
Autor: Vanderlei Lombardi
DESAFIOS ÉTICO-SOCIAIS DA ECOLOGIA
Para onde vai a ecologia?
A palavra ecologia foi criada em 1866 pelo biólogo alemão ERNEST
HACCKEL e significa: estudo do inter-retro-relacionamento de todos os sistemas
vivos e não vivos entre si e com o ambiente, entendido como uma casa, sendo que
a palavra ecologia deriva do grego (oikos= casa, e logia= estudo). De um
sub-capítulo da biologia, ecologia passou a ser um discurso universal.
A ecologia assume quatro formas de realização que são elas: ecologia
ambiental, ecologia social, ecologia mental e ecologia integral.
ECOLOGIA AMBIENTAL: preocupa-se com o meio ambiente, para que ele não
sofra excessiva desfiguração, visando à qualidade de vida, à preservação das
espécies em extinção e à permanente renovação do equilíbrio dinâmico,
construído ao longo de milhões e milhões de anos de evolução; vê a natureza
fora do ser humano e da sociedade. Ela busca corrigir excessos de ambição do
projeto industrialista mundial, que implica sempre em custos ecológicos altos.
Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves
riscos de destruição de partes da biosfera e inviabilizar a própria vida no
planeta. E pra que isso ocorra basta que continuemos utilizando armas
nucleares, químicas e biológicas dos arsenais existentes e se continue
irresponsavelmente poluindo as águas, envenenando os solos, contaminando a
atmosfera e também agravando as injustiças sociais entre o norte e o sul, a
ponto de provocar uma guerra.
ECOLOGIA SOCIAL: não trata somente do meio ambiente, ela insere o ser
humano e a sociedade dentro da natureza como partes diferenciadas dela. Preocupa-se
não somente com o embelezamento das cidades, melhores avenidas, praias mais
atrativas, mas prioriza também o saneamento básico, uma boa rede escolar e um
serviço de saúde decente. A injustiça social significa violência contra o ser
mais complexo e singular da criação, o ser humano, que é parcela da natureza.
Com essa compreensão, a injustiça social luta por um desenvolvimento
sustentável, aquele que atende às carências básicas do ser humano de hoje sem
sacrificar o capital natural da Terra (o meio ambiente), levando em
consideração a necessidade das gerações futuras, sendo que elas têm o direito
de herdar uma terra habitável. Porém a sede de ganância capitalista e o tipo de
sociedade construída nos últimos 400 anos, além de impedir o desenvolvimento
social, acaba destruindo a natureza e o próprio homem. Para que haja o bem
estar social, é necessário o bem estar sócio-cósmico, ou seja, entre o ser
humano e o mundo.
ECOLOGIA MENTAL: é também chamada de ecologia profunda. Esta sustenta
que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade
que atualmente temos, mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas
raízes remontam a épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a
profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e
arquétipa.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação que nos afastam
da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se
iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a terra.
Esses mecanismos se expressam através do antropocentrismo, o qual
considera o ser humano um rei/rainha do universo, considera que os demais seres
só tem sentido quando ordenados ao ser humano.
A crise ecológica, para ser superada, exige outro perfil de cidadãos,
com outra mentalidade, mais sensível, mais cooperativa.
ECOLOGIA INTEGRAL: parte de uma nova visão da terra inaugurada pelos
astronautas a partir dos anos de 1960, quando lançaram os primeiros foguetes
tripulados. Eles vêem a terra de fora da terra. Daquela distância da nave
desaparecem as diferenças sociais, todos são igualmente humanos. Daquela
perspectiva o ser humano torna-se a própria terra enquanto sente, pensa, ama...
Por isso devemos nos sentir sempre no processo de antropogênese, de
constituição e de nascimento, assim como a terra.
Em suma, a ecologia integral procura acostumar o ser humano com essa
visão global e também desperta a consciência de sua função nessa totalidade.
Somos co-responsáveis pelo destino de nosso planeta, de nossa
biosfera, de nosso equilíbrio social e planetário.
BIBLIOGRAFIA
BOFF, Leonardo. Ética da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
Contribuição: Janimara Rocha - Professora de Filosofia ( E. E. B. Professor Anacleto Damiani).
ORGULHO DE SER CAMPONÊS
Pouco sei da escrita
Mas do campo sou poeta
Não sei dessa gente esquisita
Que pela cidade anda inquieta
A natureza tem poesia
É assim que sou feliz
Na simplicidade do dia-a-dia
Encontro à vida que sempre quis
Minha vida é minha terra
Valem ouro meus vizinhos
A vivência é mais sincera
E há flores pelos caminhos
Aqui tem fruta no pé
E tem bicho pra todo lado
Banho de rio pra quem quiser
Sem medo de estar contaminado
Só por que sou camponês
Alguns até fazem troça
Mas queria só uma vez
Te ensinar a fazer roça
Se reparas no meu jeito
E não sabes compreender
Não percebes que o meu respeito
Vale mais que o teu saber
Não sou o Jeca atrasado
Que muitos querem lhes mostrar
Do mundo sou letrado
Não me deixo enganar
O perigo eu bem sei
Está a ameaçar
Até usam a lei
Para seu mal justificar
Meu grande inimigo
É o tal agronegócio
Pra natureza é um perigo
Enchem tudo de agrotóxico
Destroem em nome do capital
Devoram até a cultura
Matam animal e vegetal
Matam com a monocultura
Querem tudo comprar
Tudo é questão de dinheiro
Contaminam terra, água e ar
E o que se produz mandam pro estrangeiro
Vou dar minha opinião
Mesmo sem ela ser pedida
Quem vende seu chão
Vende junto a sua vida
Autor: VANDERLEI LUIZ LOMBARDI
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