domingo, 15 de setembro de 2013

Qual será o melhor? Os tempos de Antigamente? Ou tempos modernos?


Ao longo do tempo tudo mudou o jeito, as maneiras de viver os estilos das pessoas. Antigamente a vida era levada mais a sério, poderia ser mais sofrido sem ter todo o tipo de comunicação, sem ter todo o tipo de tecnologias e mecanismos como existem disponíveis hoje.
Antigamente a juventude era de um jeito divertido com mais brincadeiras, mas agora isso tudo ficou de lado, agora na realidade ninguém se conhece direito, tendo a internet como meio de comunicação, as pessoas conversam e se conhecem por este meio, mas algumas acabam conversando com pessoas que não são o que dizem que são e na realidade pode ser alguém que deseja fazer o mal. Mas antigamente não tinha esse medo de falar com pessoas sem as conhecer, pois estavam conversando pessoalmente, e sabiam que a pessoas com quem estavam conversando era ela mesma. A sociedade antiga era mais unida, utilizavam mais os valores humanos, com mais precisão, colocavam mais a parte do bem, poder ajudar uns aos outros da sociedade onde estavam.
Fica a critério de cada um, saber e escolher o certo e o errado.


Contribuição - Aluna Jaíne - turma 1º3 E. E. B. Professor Anacleto Damiani

terça-feira, 20 de agosto de 2013

terça-feira, 25 de junho de 2013

Eutanásia


Este vídeo aborda a questão da Eutanásia, neste caso consentida pelo paciente que já não se vê mais com perspectivas de vida frente à situação em que está passando.

domingo, 16 de junho de 2013

Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré (1968)


Não deixemos que os opositores nos convençam de que estão certos, o Brasil tem o direito de reivindicar seus direitos e não de ser calado...

"Se você não for cuidadoso, a imprensa fará você odiar os oprimidos e amar os opressores..."

sábado, 15 de junho de 2013

Mãe - Pink Floyd


Mãe, você acha que eles jogarão a bomba?
Mãe, você acha que eles gostarão dessa música?
Mãe, você acha que eles tentarão me castrar?
Mãe, eu devo construir o muro?

Mãe, eu devo concorrer para presidente?
Mãe, eu devo confiar no governo?
Mãe, eles me colocarão na linha de fogo?
Isso é só uma perda de tempo?

Calma agora bebê, bebê, não chore
Mamãe irá fazer todos os seus pesadelos virarem realidade
Mamãe ira colocar todos os medos dela em você
Mamãe vai manter você bem debaixo da asa dela

Ela não deixará você voar, mas talvez te deixe cantar
Mamãe vai manter o bebê aconchegado e aquecido

(3x)
Oh, bebê

Claro que mamãe irá ajudar a construir o Muro

Mãe, você acha que ela é boa o bastante
Para mim?
Mãe, você acha que ela é perigosa
Para mim?
Mãe ela vai dilacerar seu menininho em pedaços?
Mãe, ela irá quebrar meu coração?

Calma agora bebê, bebê, não chore
A mamãe vai checar todas as suas namoradas pra você
Mamãe não irá deixar ninguém sujo se aproximar
Mamãe vai esperar acordada até você entrar
Mamãe vai sempre descobrir por onde você esteve
Mamãe vai sempre manter o bebê saudável e limpo

(3x)
Oh, bebê

Você sempre irá ser uma criança para mim

Mãe, precisava ser tanto?



A música apresentada traz a ideia de que nós, a juventude, precisamos fazer cada um a sua parte na sociedade, somente dessa forma poderemos transformar a realidade...

A Filosofia e a Coruja

Sociologia no Brasil

A Sociologia sempre teve como um dos objetos de estudos o conflito entre as classes sociais. Na América Latina, por exemplo, a Sociologia do início do século XX sofreu intensas influências das teorias marxistas, na medida em que suas preocupações passaram a ser o subdesenvolvimento dos países latinos.
No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, estudioso se debruçaram em busca do entendimento da formação da sociedade brasileira, analisando temas como abolição da escravatura, êxodos e estudos sobre índios e negros. Nas décadas seguintes, a Sociologia praticada no Brasil voltou-se aos estudos de temas relacionados às classes trabalhadoras, como salários e jornadas de trabalho, e também comunidades rurais. Na década de 1960 a Sociologia passou a se preocupar com o processo da industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo; a partir de 1964 o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas socioeconômicos e políticos brasileiros, originados pela tensão de se viver num regime militar (ou ditadura militar, que no Brasil foi de 1964 a 1985), nesse período a Sociologia foi banida do ensino secundarista.
Na década de 1980 a Sociologia finalmente voltou a ser disciplina no ensino médio, sendo facultativa sua presença na grade curricular. Também ocorreu nesse período a profissionalização da Sociologia no Brasil. Além da preocupação com a economia, política e mudanças sociais apropriadas com a instalação da nova república (1985), os sociólogos diversificaram os horizontes e ampliaram seus leques de estudos, voltaram-se para o estudo da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos culminantes.
Em 2009, a Sociologia tornou-se disciplina obrigatória na grade curricular dos alunos do ensino médio no Brasil. A oportunidade da aproximação do aluno com a Sociologia, como um campo do saber, tem por objetivo a desnaturalização das concepções ou explicações dos fenômenos sociais. Em outras palavras e sem perder de vista a importância da História, é considerar que as coisas nem sempre foram do jeito que são. É perceber que há mudanças profundas ao longo da história, fruto de decisões de homens.



Contribuição: Sara Aline - aluna da turma 2º1 - E. E. B. Professor Anacleto Damiani


terça-feira, 11 de junho de 2013

Os Indiferentes


Antonio Gramsci

11 de Fevereiro de 1917

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.
A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.
A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.
Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Crônica Familiar...

Irmã

É sempre bom ter uma irmã, principalmente se for mais nova que você. Não somente pelo ar de autoridade sobre ela, mas também por acompanhá-la desde seu nascimento.
É claro que a relação em casa muda, tudo muda após o nascimento de uma irmã caçula. A sua casa sempre organizada? Pois é, esqueça. Sua maquiagem, principalmente seu batom inteiro? Jamais, certamente ela irá pegar e usar tentando te imitar quebrando-o. Se não quebrar? Ela irá esmagá-lo com a tampa. Sem contar nas paredes e espelhos manchados.
Bom, a minha irmã de apenas três anos é capaz de muito mais, até me mandar ir à escola quando brigo com ela. Será que ela pensa que ir para a escola é um castigo? Eu, apenas para não contrariá-la, concordo com sua conclusão.
Confesso que ás vezes ela me tira do sério, riscando meus trabalhos e até mesmo rasgando-os. Mas é claro que para a mamãe isso tudo é insignificante.
Jamais brigue com sua irmã caçula, você pode até ser deserdado. Pois é, não dá para acreditar como uma criaturinha daquele tamanho que ainda nem tenha direção correta das palavras, tenha todo esse poder.

Mas afinal, essa criaturinha maravilhosa, complicada e chorona, é a melhor mudança que alguém pode ter dentro de casa. Não somente como irmã. Acredite, uma criança muda a vida de uma pessoa. E é por isso e por muito mais que eu a amo.


Contribuição: Karine Kauana Maciel - aluna da turma 3º3 da E. E. B. Professor Anacleto Damiani.

terça-feira, 4 de junho de 2013

O valor de uma vida...


Este vídeo traz uma reflexão sobre a preservação de todas as formas de vida, baseando-se na destruição que o homem vem causando dia após dia ao ambiente, aos animais e aos próprios seres humanos.

Humanos?!

Esta música nos faz refletir sobre nosso aspecto humano, as condições às quais somos aprisionados, as determinações de uma sociedade, de um sistema... Será que ainda somos HUMANOS???


HUMANS

I did my best to notice
When the call came down the line
Up to the platform of surrender
I was brought but i was kind
And sometimes i get nervous
When i see an open door
Close your eyes
Clear your heart...
Cut the chord

Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answer
Are we human?
Or are we dancers?

Pay my respects to grace and virtue
Send my condolences to good
Give my reguards to sorer moments
They always did the best they could
And so long to devotion
You taught me everything i know
Wave goodbye
Wish me well..
You've got to let me go

Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answers
Are we human?
Or are we dancers?

Will your system be alright
When you dream of home tonight?
There is no message we're receiving
Let me know is your heart still beating

Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answers

You got to let me know

Are we human?
Or are we dancers?
My sign is vital
My hands are cold
And I'm on my knees
Looking for the answers
Are we human
Or are we dancers?

Are we human?
Or are we dancers?

Are we human
Or are we dancers?



HUMANOS - tradução
Dei o melhor de mim para perceber
quando a chamada chegasse ao outro lado da linha
Fui trazido até este estado de rendição,
mas fui gentil
Às vezes fico nervoso
quando eu vejo uma saída
Feche os olhos
Limpe o seu coração
Corte as cordas

Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?
Meu sinal é vital
Minhas mãos estão frias
E estou de joelhos
Buscando a resposta
Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?

Dou meu respeito para a graça e a virtude
Envio as minhas condolências aos bons
Dou meus cumprimentos aos momentos azedos
Sempre eles fizeram o melhor que podiam
E até mais para a devoção
Você me ensinou tudo que eu sei
Diga adeus
Deseje-me o melhor
você precisa me deixar partir

Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?
Meu sinal é vital
Minhas mãos estão frias
E estou de joelhos
Buscando a resposta
Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?

Seu sistema vai ficar bem
Quando você sonhar com sua casa hoje à noite?
Não estamos recebendo nenhuma mensagem
Deixe-me saber se o seu coração ainda bate

Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?
Meu sinal é vital
Minhas mãos estão frias
E estou de joelhos
Buscando a resposta

Tens de me avisar

Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?
Meu sinal é vital
Minhas mãos estão frias
E estou de joelhos
Buscando a resposta
Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?

Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?

Será que somos humanos?
Ou somos bailarinos?


Contribuição: Simone Zanin Rodrigues.

Introdução à Carta da Terra

Vídeo produzido pelos alunos Eduardo, Laura e Bruna da turma 3º2 - E. E. B. Professor Anacleto Damiani, na disciplina de Filosofia.

domingo, 2 de junho de 2013

IDENTIFICAÇÃO: EDUCADOR POPULAR

Sou educador em movimento
Sou semeador de consciência
Quem luta, faz o momento
Por um povo que quer decência

Educar é necessário
De modo certo é preciso
Com amor é obrigatório
Sem tempo pra ficar indeciso

Pra nós o amor a educação é tudo
Pra outros a educação é nada
Queriam que o povo ficasse mudo
Pra eles ficarem com a visão tapada

Fazemos questão de gritar
Para um dia sermos ouvidos
Continuaremos a nos mobilizar
Não nos daremos por vencidos

Nossa arma é a palavra
Que não existe sem a ação
Lutamos por aquele que lavra
A terra pra ganhar o pão

Uma flor sozinha
Não constrói um jardim
Quem sozinho caminha
Travará uma luta sem fim

Como semeador em terra improdutiva
Persistimos em semear
Se no fim restar uma idéia viva
Já valeu a pena lutar


Autor: Vanderlei Lombardi



DESAFIOS ÉTICO-SOCIAIS DA ECOLOGIA

Para onde vai a ecologia?
A palavra ecologia foi criada em 1866 pelo biólogo alemão ERNEST HACCKEL e significa: estudo do inter-retro-relacionamento de todos os sistemas vivos e não vivos entre si e com o ambiente, entendido como uma casa, sendo que a palavra ecologia deriva do grego (oikos= casa, e logia= estudo). De um sub-capítulo da biologia, ecologia passou a ser um discurso universal.
A ecologia assume quatro formas de realização que são elas: ecologia ambiental, ecologia social, ecologia mental e ecologia integral.
ECOLOGIA AMBIENTAL: preocupa-se com o meio ambiente, para que ele não sofra excessiva desfiguração, visando à qualidade de vida, à preservação das espécies em extinção e à permanente renovação do equilíbrio dinâmico, construído ao longo de milhões e milhões de anos de evolução; vê a natureza fora do ser humano e da sociedade. Ela busca corrigir excessos de ambição do projeto industrialista mundial, que implica sempre em custos ecológicos altos.
Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e inviabilizar a própria vida no planeta. E pra que isso ocorra basta que continuemos utilizando armas nucleares, químicas e biológicas dos arsenais existentes e se continue irresponsavelmente poluindo as águas, envenenando os solos, contaminando a atmosfera e também agravando as injustiças sociais entre o norte e o sul, a ponto de provocar uma guerra.
ECOLOGIA SOCIAL: não trata somente do meio ambiente, ela insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza como partes diferenciadas dela. Preocupa-se não somente com o embelezamento das cidades, melhores avenidas, praias mais atrativas, mas prioriza também o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa violência contra o ser mais complexo e singular da criação, o ser humano, que é parcela da natureza.
Com essa compreensão, a injustiça social luta por um desenvolvimento sustentável, aquele que atende às carências básicas do ser humano de hoje sem sacrificar o capital natural da Terra (o meio ambiente), levando em consideração a necessidade das gerações futuras, sendo que elas têm o direito de herdar uma terra habitável. Porém a sede de ganância capitalista e o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos, além de impedir o desenvolvimento social, acaba destruindo a natureza e o próprio homem. Para que haja o bem estar social, é necessário o bem estar sócio-cósmico, ou seja, entre o ser humano e o mundo.
ECOLOGIA MENTAL: é também chamada de ecologia profunda. Esta sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos, mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes remontam a épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquétipa.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a terra.
Esses mecanismos se expressam através do antropocentrismo, o qual considera o ser humano um rei/rainha do universo, considera que os demais seres só tem sentido quando ordenados ao ser humano.
A crise ecológica, para ser superada, exige outro perfil de cidadãos, com outra mentalidade, mais sensível, mais cooperativa.
ECOLOGIA INTEGRAL: parte de uma nova visão da terra inaugurada pelos astronautas a partir dos anos de 1960, quando lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a terra de fora da terra. Daquela distância da nave desaparecem as diferenças sociais, todos são igualmente humanos. Daquela perspectiva o ser humano torna-se a própria terra enquanto sente, pensa, ama... Por isso devemos nos sentir sempre no processo de antropogênese, de constituição e de nascimento, assim como a terra.
Em suma, a ecologia integral procura acostumar o ser humano com essa visão global e também desperta a consciência de sua função nessa totalidade.
Somos co-responsáveis pelo destino de nosso planeta, de nossa biosfera, de nosso equilíbrio social e planetário.


BIBLIOGRAFIA


BOFF, Leonardo. Ética da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.


Contribuição: Janimara Rocha - Professora de Filosofia ( E. E. B. Professor Anacleto Damiani).

ORGULHO DE SER CAMPONÊS


Pouco sei da escrita
Mas do campo sou poeta
Não sei dessa gente esquisita
Que pela cidade anda inquieta

A natureza tem poesia
É assim que sou feliz
Na simplicidade do dia-a-dia
Encontro à vida que sempre quis

Minha vida é minha terra
Valem ouro meus vizinhos
A vivência é mais sincera
E há flores pelos caminhos

Aqui tem fruta no pé
E tem bicho pra todo lado
Banho de rio pra quem quiser
Sem medo de estar contaminado

Só por que sou camponês
Alguns até fazem troça
Mas queria só uma vez
Te ensinar a fazer roça

Se reparas no meu jeito
E não sabes compreender
Não percebes que o meu respeito
Vale mais que o teu saber


Não sou o Jeca atrasado
Que muitos querem lhes mostrar
Do mundo sou letrado
Não me deixo enganar

O perigo eu bem sei
Está a ameaçar
Até usam a lei
Para seu mal justificar

Meu grande inimigo
É o tal agronegócio
Pra natureza é um perigo
Enchem tudo de agrotóxico

Destroem em nome do capital
Devoram até a cultura
Matam animal e vegetal
Matam com a monocultura

Querem tudo comprar
Tudo é questão de dinheiro
Contaminam terra, água e ar
E o que se produz mandam pro estrangeiro

Vou dar minha opinião
Mesmo sem ela ser pedida
Quem vende seu chão
Vende junto a sua vida


Autor: VANDERLEI LUIZ LOMBARDI




segunda-feira, 27 de maio de 2013


FÁCIL E DIFÍCIL


É fácil escrever poesia
Difícil é a vida real
Sobreviver ao dia-a-dia
Tornar a vida especial

É fácil se esconder
Atrás de aventuras de mentira
E a própria realidade desconhecer
 Esquecendo que o mundo gira

Mas num dia chegará
Em que a realidade baterá a sua porta
Então se chocará
Com o mundo que criou a sua volta

Pior que fazer algo errado
É ver e não fazer nada
É ver e ficar parado
Enquanto a inocência é violada


Autor: Professor Vanderlei Lombardi
O EXERCÍCIO DA ÉTICA


Pesquisa recentemente divulgada pelo Ibope flagrou uma contradição entre a indignação dos brasileiros com a corrupção na administração pública e a tolerância dos cidadãos com desonestidades praticadas no seu próprio cotidiano. Os mesmos entrevistados que consideram inaceitável a malversação de recursos públicos compactuam com pequenas transgressões e até mesmo confessam que as cometem. Muitos cidadãos acham normal pagar propina para escapar de uma multa, furar fila ou cometer infrações de transito para ganhar tempo. Daí deriva a tese de que esta parcela da população que cultua a desonestidade está fielmente representada na administração publica e nos parlamentos.
Não é bem assim. A falta de apreço à ética por parte de alguns cidadãos não pode ser utilizada como justificativa para a corrupção, até mesmo porque é questionável se a degeneração começa pela base ou pelas lideranças. Da mesma forma, a sucessão de escândalos nos altos escalões da Republica não autoriza ninguém a infringira lei e as normas de boa conduta, por mais que as pessoas se revoltem com os seus dirigentes. Seria um caos moral se os brasileiros levassem a sério a frase famosa do humorista Stanislaw Ponte Preta: “Ou restaure-se a moralidade, ou nos locupletemos todos.”
Como fazer, então, para restaurar a moralidade no país? Evidentemente, não é uma tarefa simples, nem pode ser realizada de hoje para amanhã. Trata-se, isto sim, de um exercício individual que precisa ser observado por todos os cidadãos para se transformar em cultura coletiva. Não basta a uma sociedade contar com legislação rigorosa e mecanismos de controle da administração pública. Tais instrumentos são indispensáveis numa democracia, mas só alcançam a desejada eficácia quando o cidadão comum está bem informado sobre eles e é estimulado a respeitá-los.
Não há duvida de que a impunidade contagia. Quando o cidadão comum vê um parlamentar envolvido em falcatruas escapar impune, pela benevolência de seus pares, tende a generalizar e a achar que todos os seus representantes são inconfiáveis. Mais: conclui que, se os grandes crimes não são punidos, os pequenos é que não merecem repressão.
Ora, para a honestidade não pode haver relativismo. Se as fraudes da política causam indignação é porque a maioria dos brasileiros acha que vale a pena ser honesto. Pois este sentimento tem que ser utilizado como base para a construção de uma cultura ética, que certamente passa por uma educação, mas também pelo exercício pleno e diário da cidadania. Os indicadores da pesquisa sobre corrupção na política têm que ser utilizados exatamente como um desafio a ser superado. E cada cidadão tem a sua responsabilidade nesta transformação social que depende apenas do cumprimento daquela Constituição de artigo único imaginada pelo escritor Capistrano de Abreu: “Todo brasileiro fica obrigado a criar vergonha na cara”.


Contribuição: Janimara Rocha - professora de Filosofia