quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sociedade Líquida



       Segundo Bauman, a "sociedade líquida" é o modelo de sociedade subjulgada à velocidade dos fatos, ao avanço tecnológico e ao sistema que envolve os indivíduos no mundo do consumo. Em poucas palavras, é a passagem da sociedade de produção para a sociedade consumista e individualista.
        Viver na nossa atual sociedade é instável e incerto, pois ela não pensa a longo prazo e nem é voltada a um objetivo sólido e duradouro. Vivemos em uma sociedade consumista e capitalista, onde as pessoas querem sempre mais, ser mais que os outros, e como diz Lipovetsky: "é preciso ser mais moderno que o moderno, ser mais jovem que o jovem, estar mais na moda que a própria moda". Assim como os líquidos se moldam conforme é o recipiente, nós seres humanos nos moldamos de acordo com o que a sociedade nos impõe, e na maioria das vezes, agimos de má-fé, pois mesmo com a liberdade que temos para fazer nossas escolhas, muitas vezes a sociedade acaba influenciando, e acabamos escolhendo coisas, não por nossa própria vontade, mas sim, para nos "encaixar" com o modelo de vida imposto pela sociedade, nos afirmar no espaço social.
       Essa sociedade moderna vem se transformando diariamente em diversos aspectos, e com o consumismo e o capitalismo, trouxe uma nova consequência: a individualização. Anos atrás, as pessoas eram mais solidárias e mais dedicadas umas às outras, se pensava no bem comum e nas necessidades dos outros. Nos dias atuais, a individualização e a competição são frequentes; o que é bom para um, é ruim para outro. Nos dias de hoje, cada um tem que pensar na sua vida, redefinindo a sua identidade, pois seus estilos de vida mudam tantas vezes na sua vida.

      Sendo assim, em razão desses aspectos que definem a sociedade líquida, ou mesmo, a sociedade moderna, entendemos que é difícil viver a solidariedade, porém é possível, e isso começa em casa e na escola, aprendendo desde cedo a cooperar e ser solidário, a não pensar só em si, mas sim, num geral.


Atividade desenvolvida pela aluna Beatriz 

A Sociedade Líquida

            A sociedade líquida é uma sociedade que está em constante mudança, a qual também pode ser comparada com os líquidos, pois assim como eles a sociedade líquida se encaixa onde necessário, e os indivíduos precisam se adaptar aos padrões/mudanças que a eles são impostos. Neste tipo de sociedade não há valores sólidos, os mesmo sempre estão em mudança, também isso é o que difere esta sociedade da sociedade antiga que também pode ser chamada de sociedade sólida, onde haviam poucas mudanças ou até mesmo raras mudanças quanto aos valores, modos de vida e comportamentos humanos.
             Viver nessa sociedade é sempre uma incerteza, os indivíduos não pensam/planejam sua vida à longo prazo, eles procuram uma felicidade momentânea, o individualismo prevalece fazendo com que o outro não seja valorizado como um ser diferente. Esta sociedade cobra de seus indivíduos uma constante adaptação ao que ela impõe. Com isso, é difícil pensar numa solidez. Isso se compara ao que Bauman fala do fordismo, que quem entrasse como aprendiz nas fábricas da Ford teria uma longa carreira e provavelmente se aposentaria na fábrica, e hoje em dia, quem trabalha por exemplo para o Bill Gates por um salário 100 vezes maior não faz ideia do que pode lhe acontecer amanhã.
          A solidariedade, na sociedade líquida, é cada vez mais rara, pois esta é considerada uma sociedade individualista e capitalista, as competições são frequentes, o que importa é o que é bom para mim não importando se isso não será bom para o outro. Cada um tem que passar sua vida redefinindo sua identidade, pois a sociedade em que vive muda inúmeras vezes.
Porém é possível viver com solidariedade apesar de ser bem difícil, aprendemos desde cedo em nossas casas a ser solidários com o próximo, e na escola isso também nós é repassado, nos fazendo ajudar uns aos outros.

           Comparada com o existencialismo, a sociedade líquida priva seus indivíduos da liberdade, fazendo com que os mesmos sigam padrões, agindo de má-fé sem que percebam. A indeterminação "nasce" a partir do ponto que não sabemos o que nos espera amanhã, pois, por exemplo, o que hoje é bonito amanhã pode ser que seja considerado feio/antigo, e no existencialismo isso acontece quando precisamos tomar decisões.



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Metamorfose Ambulante e o Existencialismo

Atividade produzida pela Aluna Natália Lang na disciplina de Filosofia. Conteúdo: O Existencialismo (interpretação realizada com base na música Metamorfose Ambulante de Raul Seixas).



         A música metamorfose ambulante de Raul Seixas está totalmente relacionada ao existencialismo. O ser (eu lírico) da letra se assume como um ser verdadeiramente autêntico, assumindo sempre que não sabe de nada, nem mesmo quem ele é e se permitindo errar e mudar de opinião toda vez que descobrir estar errado.
         É um ser livre, pois como ele mesmo diz: “prefiro ser essa metamorfose ambulante”, ou seja, ele mesmo decidiu ser o que ele é. Não podemos negar que nos dias de hoje somos bombardeados de influências e padrões a serem seguidos e se seguirmos cegamente essas tutelas, estaremos negando a única coisa que nos pertence: a liberdade. Cabe a cada um de nós saber lidar com essas imposições, de modo a construir nossos destinos sem renunciar a liberdade.
         Também pode se fazer a relação de que o ser é inacabado, pois como uma “metamorfose ambulante” ele está em constante construção e transformação. Ele diz que “é chato chegar num objetivo num instante”, isto é, não adianta seguirmos ideias prontas e velhas, pois assim nossa existência se tornaria chata e sem nenhum propósito.
       Falando em existência, toda a existência deve possuir uma essência, mas a essência humana é subjetiva e indeterminada, a ponto de escapar dos “poderes da previsibilidade cientifica”.  Cada ser é livre para construir sua essência, sem a tutela da igreja, da família, da sociedade e muito menos da natureza. Como dizia Sartre “a existência precede a essência”, ou seja, precisamos viver, tomar decisões, passar por momentos de angustia para então construir a nossa essência.
      O ser humano nasce do nada e sua única condenação é existir, mas cabe a cada individuo decidir se essa existência será apenas mais um fantoche ou se será autêntica, a partir do princípio de assumir a liberdade, de encarar o fim previsível (morte) e mesmo assim continuar persistindo e se transformando.